Hoje fiz minha primeira atividade dev do ano, estava passeando pelo terminal, tentando resolver um problema para um colega que “como magia” corrompeu a tabela de partição do cartão de memória que ele usava na Canon dele. No cartão só tinha o único exemplar das fotos de um casamento que ele fotografou. Antes de fazer qualquer manobra no SD card, eu fiz uma cópia usando a ferramenta “DD” do linux.
Depois de passar alguma horas olhando pro terminal, estava analisando uns logs com a ferramenta “less” que usa comandos de Vim para navegação, o que me fez pesquisar esses comandos, pois eu nunca lembro de nada além do básico h, j, k e l.
Achei esse post da Natália Oliveira no dev.to, bem simples e útil para me guiar, aproveitei para seguir a moça, tem alguns assuntos básicos e triviais que vou ler depois nas postagens dela:
https://dev.to/nfo94/comandos-basicos-do-vim-e-configuracoes-uteis-gkn
Daí lembrei que eu tinha instalado o LunarVim no meu Manjaro, uma dica do mestre Fábio Akita. O LunarVim é o Vim com super poderes, tipo uma versão do VSCode para terminal, como no terminal usamos apenas o teclado para operar, ele em teoria aumenta a produtividade (se você souber os comandos, claro).
Instantaneamente me apareceu uma vontade de usar esse editor que tem fama de bicho de sete cabeças.
Abri o projetinho do meu site (www.felipelima.net) e fiz uma edição de duas linhas básicas, troquei a tagline e a posição de uma seta que abre a lista de posts que me incomodava. Simples, comitei, e dei push para o Github. O resto foi feito automagicamente pela Vercel.
O editor em si é muito lindo, e se você tiver configurado o seu terminal direitinho, ele fica colorido e coloca os ícones dos arquivos automaticamente. Vou tentar usar mais desse editor durante esse ano para memorizar os comandos.
Também indicado pelo Akita, tem o canal do Chris@Machine no YouTube https://www.youtube.com/@chrisatmachine que usa esses editores que são exóticos para quem está entrando no mundo dev agora.
É estranho ver o tanto de programador que tem medo do Vim. Significa que nunca mexeram com nenhum editor de texto via linha de comando. Precisei lidar com isso, quando comecei a configurar meus primeiros VPSs onde hospedava sites para alguns clientes. Meu negócio não era ser dev, nem devops, eu só cuidava dos sites em WordPress de alguns clientes.
Uso linux desde 2009, quando a Canonical me mandou um Live CD do Ubuntu 9 pelos Correios. Não fazia ideia do que era Ubuntu na época, mas lembro que fiquei encantado quando soube que tinha uma alternativa para o Windows. Fucei ele ao máximo, entrei em fóruns, comunidades do Ubuntu, era muito interessante saber que eu muita coisa era construída pela comunidade. Lembro até de entrar em um canal do IRC onde eles estavam organizando a wiki em português brasileiro.
Inicialmente, instalei em dual boot até que em uma das atualizações o grub corrompeu. Mamãe ficou irada pois tinham muitos arquivos no PC e o técnico que analisou não deu outra solução além de formatar e instalar o Windows de novo. Eu ainda não tinha nenhuma habilidade com comandos de terminal, então sem chance para recuperar. Desde esse dia fiquei com medo de usar Linux.
Até que eu descobri as máquinas virtuais. Mas isso é assunto para outro dia. Perdi medo usar Linux totalmente no ano passado (2022) quando instalei ele como único sistema operacional no meu notebook velho. O Manjaro é fantástico, já tive vários problemas com esse SO, mas ao invés de abandonar o barco, eu bato cabeça tentando resolver, pesquiso muito. O melhor é que a gente acaba aprendendo muita coisa, e essa é a parte divertida.
No mais, linux é minha nova religião. Pretendo continuar com essa saga daqui pra frente.